Não me impede de cantar... rá rá rá


Somos todos produtos românticos. E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada”. Nessa frase, Fernando Pessoa. Mas hoje, se não fosse Caetano Veloso seríamos muita coisa, mas com certeza Santo Amaro da Purificação deu-nos alguém a quem amar.

Seguimos um trio e cantamos em multidão algumas composições de Caê. E hoje amamos mais um pouco esse homem. Pelos seus versos, pela sua musicalidade. Junto com Gil, na Tropicália deram outra cara pra arte do país e, ainda hoje, continua embalando multidões e abalando corações. Como não se render ao ouvir “eu sou a chuva que lança a areia do Saara sobre os automóveis de Roma”, “é a lua, é o sol, é a luz de Tieta!”, “doce bárbaro Jesus”, “não enche”.

Simples alguma vez, complexo vez ou outra, ele ainda é Caetano e nós ainda o amaremos até sermos arrebatados por "Meia Lua Inteira"

São dim, dão, dão
São Bento
Grande homem de movimento
Martelo do tribunal
Sumiu na mata adentro
Foi pego sem documento
No terreiro regional...

Uera rá rá rá
Uera rá rá rá
Terça-Feira
Capoeira rá rá rá
Tô no pé de onde der
Rá rá rá rá
Verdadeiro rá rá rá
Derradeiro rá rá rá
Não me impede de cantar
Rá rá rá rá
Tô no pé de onde der
Rá rá rá rá...

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