Saudade do que não se viveu
O poeta disse, uma vez, que
sentia saudade de tudo que ainda não viu. Às vezes a saudade entra sem pedir
licença. Você entra no perfil de um amigo distante, encontra aquele texto que
define sua vida e, de repente, tá com saudade. Do que poderia ter sido e que não
foi, já disse outro poeta.
Aquela conversa interrompida, aquela
briga que não deu em nada, aquele plano que nunca saiu do papel, aquela viagem
que foi frustrante. Aí você olha pra trás, dá risada e tenta recolher o mínimo
de alegria que você consegue desses momentos que são muito importantes, porque
ajudaram a te formar, mas que são ruins, porque formaram essa criatura nostálgica
e, por vezes, frustrada.
O que nos resta é, de fato,
tentar lembrar das coisas boas que nunca faltaram, mesmo com tantos momentos
tristes.
“Cantei,
dancei,
A pista
ganhou vida a noite inteira,
No velho som
gravei nossa canção...”
São Paulo, 18/11/2015.
Comentários