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Saudade do que não se viveu

O poeta disse, uma vez, que sentia saudade de tudo que ainda não viu. Às vezes a saudade entra sem pedir licença. Você entra no perfil de um amigo distante, encontra aquele texto que define sua vida e, de repente, tá com saudade. Do que poderia ter sido e que não foi, já disse outro poeta. Aquela conversa interrompida, aquela briga que não deu em nada, aquele plano que nunca saiu do papel, aquela viagem que foi frustrante. Aí você olha pra trás, dá risada e tenta recolher o mínimo de alegria que você consegue desses momentos que são muito importantes, porque ajudaram a te formar, mas que são ruins, porque formaram essa criatura nostálgica e, por vezes, frustrada. O que nos resta é, de fato, tentar lembrar das coisas boas que nunca faltaram, mesmo com tantos momentos tristes. “Cantei, dancei, A pista ganhou vida a noite inteira, No velho som gravei nossa canção...” São Paulo, 18/11/2015.

Saber amar

Vou deixar registrado como a lição que eu preciso aprender pra seguir essa vida.  02/07/2015 (Paralamas do Sucesso) A crueldade de que se é capaz Deixar pra trás os corações partidos Contra as armas do ciúme tão mortais A submissão às vezes é um abrigo Saber amar É saber deixar alguém te amar Há quem não veja a onda onde ela está E nada contra o rio Todas as formas de se controlar alguém Só trazem um amor vazio Saber amar É saber deixar alguém te amar O amor te escapa entre os dedos E o tempo escorre pelas mãos O sol já vai se pôr no mar

Sobre sorrisos e encontros

                   Levantei, peguei a última cerveja no fundo da geladeira e fui.No elevador pensei em desistir. Quando cheguei no térreo, pensei em apertar o 6º andar e voltar pro calor do meu quarto, com a cerveja ainda fechada na mão... Mas abri a porta e fui.  Andar por entre rostos desconhecidos e a música tipicamente desconhecida, nada nítida num som improvisado. Respira. Cheguei. Tá tudo bem. Um gole na cerveja gelada. E de repente um rosto chamou a minha atenção. Embaixo de uma árvore, à meia-luz, a camiseta branca chamou minha atenção. Mas, puta que pariu, a velha sensação de insegurança bateu. Frio na barriga, sensação de tensão. Junto com o desejo de chegar perto, de conversar, de beijar aquela boca, que abriu um sorriso lindo. Já estava mais à vontade naquela festa, que eu soube de última hora e para a qual decidi ir de supetão. Queria afogar as mágoas da semana de trabalho e pouco amor. Volto pra festa e praque...