cronos é quem consome os próprios filhos

“Você vive um amor de Romeu e Julieta, isso não é assim”. Silêncio. Desligou o telefone. Sem explicação, ele me deixara. Procurei saber o porquê, alguma razão que eu acreditava cessaria a dor que insistia em doer sem ferimentos físicos. Um coração machucado. Um relacionamento que nasceu da convivência, do mundo e gosto comuns. Uma vida pra fazer. Acabou.

Tempos depois, tentamos nos reaproximar. As mágoas e alguns desentendimentos nos afastaram de novo, com mais mágoas.

Por fim, a vida nos delegou desculpas sinceras em meio à turbulências de outra ordem. Aceitas, o pé atrás perseguiu.

Qualquer dia desses, a vida pegou uma pizza e um fio de conversa de dois amigos que não eram outros, senão nós dois que nos juntamos e separamos tantas vezes. Se alguma coisa deveria estar certa, somos amigos que deveriam coexistir e ajudar o outro a estar bem.

Alimentando nossos próprios e independentes sonhos e dramas, a vida segue... não sem nos confortar com uma mensagem esporádica do outro e um abraço amigo nos raros encontros. Silêncio. O abraço. Até a próxima conversa.

(de sábado para domingo, 04 de agosto de 2013)


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