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Memória - Calos Drummond de Andrade

Amar o perdido Deixa confundido Este coração Nada pode o ouvido Contra o sem sentido Apelo do não As coisas tangíveis Tornan-se insensíveis À palma da mão Mas as coisas findas Muito mais que lindas Essas ficarão. A obra do mestre maior dispensa comentários! Carlos Drummond de Andrade - Inspiração! Amo-te mestre! Ou, como diria Olavo Bilac: "Última flor do Lácio, inculta e bela És a um tempo esplendor e sepultura Ouro nativo que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela Amo-te assim, desconhecida e obscura! Tuba de alto clangor, lira singela Que tens o tom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura Amo teu viço agreste e teu aroma De virgens selvas e de oceano largo Amo-te, oh rude e doloroso idioma Em que da voz materna ouvi 'meu filho' E em que Camões chorou no exílio amargo O gênio sem ventura e o amor sem brilho!" "A minha língua é minha pátria, minha fé!" A minha pátria é minha língua! A minha pena é minha espada!